Caroline aguiar vendedora 100 de milhões
Caroline aguiar vendedora 100 de milhões

Quando eu tinha de 14 para 15 anos eu trabalhava em uma feira com a minha tia. 

Era uma feirinha no bairro Amazonas, na cidade de Contagem… região Metropolitana aqui de Belo Horizonte. Inclusive, a feirinha continua existindo até hoje!

É uma daquelas feiras de rua comum, naquela época a gente trabalhava com roupas masculinas infantis e eu vendia direto para o cliente.

Então lá, tinha muita gente sempre pedindo desconto, mesmo o produto já sendo extremamente barato.

A minha tia sempre gostou muito de mim porque eu conseguia vender sem precisar dar desconto demais.

Eu fazia da seguinte maneira: 

Eu aumentava o valor do produto para que quando o cliente fosse pedir desconto eu conseguisse dar, mas no fim das contas, estava mantendo o preço que minha tia achava bom.

Isso ajudava muito, mas eu acho que o real motivo dos clientes comprarem era o fato de eu ser muito acelerada. Minha família sempre disse que eu era meio elétrica, meio doidinha.

Ela achava ótimo que eu trabalhasse lá e eu fiquei com ela por um ano, até que eu consegui uma vaga para trabalhar de manicure em um salão de alto nível de Belo Horizonte.

Quem mora em Belo Horizonte sabe que o Belvedere, um bairro na Zona Sul da cidade, é o mais caro de todos, e exatamente por isso eu queria muito trabalhar lá. O serviço de manicure no Belvedere tem um valor muito mais alto do que em qualquer outro lugar da região, e se eu fosse pra lá, poderia cobrar caro.

Por conta disso, com 16 anos, eu já ganhava em média 2.500 reais por mês fazendo unha.

Durante esse tempo, eu sempre via as pessoas muito bem arrumadas, de salto, perfumadas, chegando em carros bonitos e aos poucos foi nascendo em mim a vontade de ser igual a elas.

Mas eu fazia unha né, então estava sempre suja de esmalte, com a blusa manchada, enfim.

Nessa mesma época, eu pedi para minha chefe do salão uma oportunidade para ser recepcionista, porquê apesar de ganhar menos eu não ia precisar ficar “suja” daquele jeito o dia todo.

Eu insisti muito e depois de 8 meses ela resolveu me dar a chance de ser recepcionista.

Mesmo eu ganhando muito menos do que ganhava como manicure, eu queria ir pois lá tinha muitas clientes ricas e que poderiam me dar outras oportunidades.

A ideia era ganhar menos como recepcionista né, mas eu descobri enquanto eu estava lá, que eu podia vender os produtos do salão, e para minha surpresa os produtos eram todos caríssimos e a comissão era boa.

Como eu já tinha uma certa experiência em vendas com a minha tia na feirinha, eu acabei vendendo muitos shampoos, cremes e afins…

Por conta disso, 4 meses depois a minha chefe me promoveu a gerente.

Além de resolver todos os problemas do salão, eu vendia os produtos de marcas como loreal, kerastase e outras marcas muito famosas entre as mulheres.

Cada creme era em torno de 300 reais, isso naquela época, onde só mulheres com bastante dinheiro conseguiam comprar e óbvio, elas eram muito mais chatas do que as pessoas que compravam roupas na feira comigo.

Mas mesmo assim, eu conseguia bater todas as metas de vendas usando a ousadia. Você vai entender o porquê da ousadia daqui a pouco.

O tempo foi passando e quando eu já estava perto de fazer 18 anos, uma dessas clientes do salão, viu que eu vendia muito e me chamou para trabalhar com ela vendendo consórcios da Volkswagen, um tipo de serviço financeiro para comprar carros.

E aí o que eu fiz?

Mesmo já estando de carteira assinada, eu pedi conta direto do salão sem saber se eu ia passar no processo seletivo da empresa de consórcio.

Na cabeça dos meus meus pais, eu estava tomando a decisão errada, já que no salão eu tinha estabilidade e um salário fixo.

Mas eu nunca gostei disso, eu odeio ter um limite para ganhar dinheiro, e por mais que tivesse a venda de produtos eu sempre queria ganhar mais.

Meu pai foi totalmente contra, mas eu fui mesmo assim.

Pedi conta do salão e tempos depois eu fui fazer a entrevista.

Cheguei na Volkswagen, entrei na sala, falei tudo sobre mim, e no final eu não passei.

Como eu ia voltar pra casa e dizer para os meus pais que eu não tinha passado?

Eu estava me sentindo uma idiota e não conseguia parar de chorar.

Larguei um emprego certo para ficar desempregada?

Voltei num ônibus lotado e ainda chorando sem saber o que fazer.

No ponto de ônibus eu conheci um cara, ele era gerente de oficina mecânica na Chevrolet

Ele me perguntou qual o motivo de eu chorar tanto.

Expliquei que meu sonho era vender consórcio na Volksvagem mas que eu tinha sido reprovada na entrevista.

Ele comentou comigo que no dia seguinte o gerente geral da Chevrolet estaria lá, e que era muito difícil falar com ele pois ele aparecia de 3 em 3 meses e que eu poderia tentar alguma coisa mas a chance de dar certo era muito baixa.

Nessa hora eu vi uma mínima oportunidade e apareci no outro dia sem hora marcada, logo cedo.

Quando eu cheguei eu fiquei completamente frustrada. O Ailson Lino que era o gerente, me disse que não poderia me atender naquela hora e que era para voltar outro dia.

Como eu sabia que ele só aparecia de 3 em 3 meses eu vi a oportunidade escorrendo pelas minhas mãos.

Eu não queria voltar para casa e dizer para os meus pais que eu não tinha conseguido. 

Eu fiquei na porta da Chevrolet esperando que o Ailson saísse.

Ele acabou indo por outra saída mas mesmo assim eu consegui ver, e literalmente eu sai correndo atrás dele.

Corri mesmo!

“Olha você precisa me entrevistar hoje, a gente precisa conversar hoje, porque eu passei no processo da Volkswagen mas eu acho a Chevrolet muito melhor.”

E aí eu fui falando um monte de qualidade da Chevrolet 

Que a marca era melhor, que era mais fácil de vender e coisas assim.

E aí me veio a surpresa, 

Nessa mesma hora ele me disse que eu estava CONTRATADA!

Nem pela entrevista formal eu passei. Eu fui contratada naquela hora mesmo.

Ele me disse que pela minha ousadia, ele me queria na empresa, já que um bom vendedor não aceita levar um não para casa.

A partir daí eu ganhei a grande oportunidade que eu queria.

Voltei para casa e falei com meus pais que eu já ia começar na segunda feira.

E aí tudo começou. Lá eu receberia um salário fixo mais uma comissão desde que fosse maior que o salário fixo.

Eu tava doida com o trabalho, e nos 3 primeiros dias eu fiz os testes e fui aprendendo como consórcio funcionava.

Normalmente, os vendedores passam por 1 mês de treinamento

Eu nem podia vender nesse período, mas eu queria mostrar serviço porque já estava interessada nas comissões.

Já nesses 3 dias eu fui abordando meus amigos, familiares e todo mundo que eu conhecia e com isso eu consegui fazer as primeiras vendas,

Pelo meu desempenho já nos 3 dias, fui liberada para fazer vendas e logo no primeiro mês consegui fazer VINTE E CINCO vendas, enquanto numa situação normal eu ainda estaria em treinamento.

Um número não muito comum para um vendedor novo dentro da empresa.

Já nesse primeiro mês eu recebi R$ 8.000 de comissão, isso ainda com 18 anos.

Eu fiquei muito feliz pois esse meu jeito de vender não funcionava apenas para roupas e produtos de salão de beleza, mas funcionava também para vender serviços financeiros.

No segundo mês eu consegui fazer 30 vendas, mostrando que o que eu fiz não era sorte.

Nesse mês eu ganhei 12 mil reais em comissões.

Eu continuava empenhada e já podendo comprar as coisas que eu sempre sonhei em ter, como meu primeiro carro.

Quando completei 9 meses de Chevrolet, eu já tinha uma certa fama pelos meus resultados com as vendas e acabei recebendo uma proposta de uma empresa concorrente para vender consórcios.

A diferença é que lá fazia propaganda na TV, e como eu já sabia vender, se tivesse mais pessoas assistindo eu poderia ganhar muito mais.

Quando eu entrei, já de cara consegui 14 mil reais em comissões.

A essa altura eu ainda tinha 19 anos, e com o dinheiro das comissões eu já tinha tirado carteira e comprado um carro.

A distância do trabalho era grande, mas já com o carro facilitava.

Estava tudo muito bem, eu ganhava mais que a maioria das pessoas que eu conhecia, mais que engenheiros formados, diretores de empresa…

Mas aí tudo mudou.

Eu fiquei grávida e tive a minha única filha, a Sophia.

Como eu estava acostumada a sempre ser muito independente e fazer todas as minhas coisas, eu entrei em depressão pós parto.

Eu ficava com raiva porque não podia dirigir, não podia resolver muita coisa do trabalho pra não ficar estressada, foi um momento difícil de lidar, somente quem é mãe consegue entender essa parte.

Independente do motivo, 

A depressão te joga lá em baixo, e mesmo depois da Sophia ter nascido, que foi o maior presente da minha vida, eu não queria fazer absolutamente nada.

Eu fiquei afastada 6 meses depois dela nascer, e quando voltei, não queria vender consórcio mais, queria fazer qualquer outra coisa, menos consórcio.

Eu tomei birra disso, não queria sair de casa, não queria me arrumar…

Por conta disso eu recebi uma proposta para trabalhar como recepcionista de uma loja de roupas, tudo para não ter que fazer o que eu fazia antes.

Nessa época o salário era muito baixo, cerca de mil e duzentos reais, e como eu já estava acostumada a ganhar muito bem eu fiquei enrolando.

Eu recebia propostas de empresas de consórcios todos os dias, afinal por causa dos meus resultados eu acabei ficando um pouco conhecida. Mas não aceitava pela birra que eu tinha criado.

Até que eu fui convidada pela embracon, que era uma empresa renomada e resolvi aceitar.

Enfim eu tinha voltado ao mundo das vendas depois da gravidez e da depressão.

O meu jeito de vender sempre foi o mesmo, e por isso, novamente no primeiro mês em fiz 8 mil reais em comissões.

O tempo foi passando e eu sempre ganhava prêmios de melhor vendedora na Embracon.

Esse jeito de vender realmente dava certo, e eu provei com números que não era apenas sorte, e sim uma forma comprovada e consistente de fazer vendas todos os meses.

Os outros vendedores até hoje me perguntam:

“Carol, o que você faz que te faz vender tanto todo mês?”

Eu não gostava de ficar falando para outros sobre o que eu fazia. 

Na minha cabeça, se eu ficasse falando demais ia meio que entregar o meu “diferencial” de mão beijada para os outros vendedores.

Eu fiquei relutante por muito tempo para ensinar esse jeito para outras pessoas.

Até que eu fiquei muito amiga de um vendedor, e por ele ficar me perguntando toda hora eu acabei cedendo e fui ensinando.

Até passava na minha cabeça, as vezes esse jeito de vender seja apenas meu e outras pessoas não vão conseguir fazer igual, mas decidi tentar ensinar já que ele se tornou meu amigo.

E logo nos primeiros meses, ele vendeu mais que o dobro do que ele estava vendia normalmente.

Definitivamente, o método funcionava, e não só para mim como para outras pessoas.

Por isso decidi ensinar, se você estiver interessado acesse essa página e veja mais detalhes